Lembranças canino-platônicas...



Lembro que aos 19 anos.
Vidrei numa mina.
Que passeava, todo dia.
Com seu cãozinho.
Num parque do bairro.
Ia toda tarde de bike, lá.
À sua procura.
Quando a via.
Ensaiava uma aproximação.
Que nunca se dava.
Eu simplesmente: travava.
Era uma beleza-cleopatra.
Que me paralizava.
Inexplicavelmente.
Desde de lá.
Não posso ver uma gata.
Andando com seu dog.
Que me arrebato com o charme.
E a sensualidade materna da cena.
Um lance Freudiano, claro.
Mas o mais engraçado.
É sentir uma brutal saudade.
Daquela inépcia jovial.
Era fabulosamente excitante.
Desejar, desejar...e não ter!

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