Uma história real.....

Li outro livro de Philip Roth, o “Patrimônio – uma história real”.
Elogiável a coragem do relato autobiográfico sobre os anos finais de convivência com seu pai.
A tônica fortemente confessional do autor fez a  história me servir bastante, sobretudo pelo atual
quadro de saúde de meu pai, e algumas "epifanias" que bons livros possibilitam.
Fiquei pensando como nossas referências são fortes,  personalidades moldadas ao longo de uma
vida agora amplificam grandes diferenças, convergências e similaridades fortes.
É uma reflexão necessária que, quase sempre, passa à margem das nossas percepções 
ou pela pressa do dia-a-dia, ou pela cegueira de que "você é simplesmente você".
Um ponto comum que me surgiu é que ambos – eu, meu pai, e talvez meu avô, sempre apresentamos
uma saudável  - embora muita arriscada - “preguiça do  mundo”.
A costumeira segurança intelectual, quase presunção, e a auto-afirmação de nossa capacidade
vão cedendo a um grande cansaço desse “eterno mundo dos homens”.
É como se a vida se resumisse a uma boa macarronada, um copo de vinho, um carteado, e uma soneca.....

E tão somente isso!     

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