A banalidade do mal......
O filme é forte e de grande densidade filosófica, já que explora a coragem da intelectual ao elaborar uma análise muito ousada e original dos subterrâneos do nazismo, tendo
como pano de fundo o julgamento de Adolf Eichmann, um “mero” colaborador do regime.
Hannah acompanhou o julgamento para o jornal New Yorker,
esperando ver o monstro, a besta assassina, o satanás. Mas o que ela viu foi a “banalidade do mal”: um burocrata preocupado em cumprir as
ordens, a partir de um pensamento técnico, descasado da ética, bastante comum em sistemas
hierarquizados.
Ou seja, ela apontou que o perigo está justamente na
violência sistemática que é exercida por pessoas banais, como Adolf Eichamann.
Hannah foi muito criticada por que esperavam dela – como
judia – uma contundente análise vingativa na “defesa do seu povo”.
Mas a postulação de Hannah teve alcance muito maior. Em
verdade, ela não estava desculpando os colaboradores do regime, estava apontando a dimensão real do problema, muito mais
grave, que é a naturalidade com a qual a violência é praticada por pessoas "normais".
Numa analogia muito despretensiosa, o mundo de hoje também tem sua "banalidade do mal".
Vide as tropas de choque do grande capital, e as burocracias do FMI,
Bancos Centrais que ignoram a esperança de tanta gente. Vide os serviços das CIA´s da vida que invadem nossa privacidade a pretexto da "guerra ao terrorismo" mas na verdade o objetivo é a espionagem individual, diplomática e comercial.
Por isso digo sem pestanejar, Edward Snowden é o herói do nosso tempo!
Por isso digo sem pestanejar, Edward Snowden é o herói do nosso tempo!
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